Entre os dedos
O Sol, aos poucos, surge.
 Os homens, aos muitos, tomam forma,
 o horizonte trêmulo ruge,
 sem sombra ou norma
 a noite esvai e vai.
 Evapora-se entre os dedos,
 Hórus, liberta-nos os medos
 da noite solitária.
 A noite escorre
 as estrelas brincam de esconde,
 lá onde
 o tempo escolhe
 se para, ou corre.
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