Autêntico
Quanto do meu comportamento
¿é comportamento alheio?
¿tudo, quase tudo, meio?
variações inconstantes do de sempre
inebriadas repetições do mesmo
como ¿loop no rio de Heráclito?
aliás; liberdade é só termo fajuto
para aquilo que ninguém dá atenção
que são as causas e consequências da ação.
sobre meu comportar-se
comporta no meu ato
do ambiente a catarse.
tudo é determinado;
se chove, chovo,
se tem água, nado.
mas nada é fatalismo
isso é diferente, Che;
é teleológico; ilógico.
voltando; ¿quanto do meu eu
encerra no meu, o que é seu?
se há o bom, sou com ele
se há o mau, sou com ele
mas não sou como eles.
Lavar as mãos para o que acontece
não faz o que ocorre, deixar de ocorrer.
Apenas tampa a visão do que já cego é.
Aí vão dizer de liberdade, do caralho a quatro,
e vão te consumir, te desgastar, com a ignorância do não querer saber.
Se morro, meu comportamento vive
no ambiente em que vivi;
se vivo e em vida, morro constante
sou inútil, sou miséria, sou bigato,
e não mereço o solo em que piso.
Se somos nossos comportamentos
ao menos assim, respiramos em paz
copiando de maneira autêntica
o que aprendemos; o que lemos; o que até mesmo, comemos.
Amém.
Comentários
Postar um comentário