peixe e água
Distantes luzes
oscilam nessa conturbada visão
sons confusos
expulsos de bocas vorazes
devoram a métrica do silêncio
Distantes memórias
daqueles dias nunca vivenciados
se espalham em sonhos
olhares confusos
confessam a ternura
de um mundo voraz
há quem se recuse a aceitar
a dita necessidade de consumo
de produção exacerbada
que pelos ventos se multiplicam
e o peixe ainda socializa
a água de cada dia
mas o ser humano
finito e tosco
um dia chegará lá
numa terra
sem amos
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