A Batalha do óbvio
Quando foi que o silêncio começou a incomodar tanto
se até bons tempos éramos os melhores companheiros?
quando foi que essa solidão deixou de ser agradável
se eu a buscava incessantemente em qualquer oportunidade?
espécie maldita e confusa, essa nossa sensibilidade evolutiva,
que ao estar em bando, exige o afastamento; e afastada,
procura em todas as sombras um semelhante. Talvez isso.
A solidão é boa quando não a temos, e a companhia também.
O silêncio é bom quando vozes ininterruptas soam sem nos pedir permissão.
A batalha inevitável entre o desejo e a impossibilidade.
Pois que não se busca o que já se tem, e não há charme no que é dado.
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