Nós, musculares
Há sempre uma vírgula
amassando o texto todo,
fingindo pausa e soluço.
Na garganta, secura,
de água não, é sede,
fincada nas cordas vocais.
Enquanto tudo envelhece
destroços de mocidade
espalhados e espelhados
naquele pântano interno
fingem alegria.
Sorria.
Há sempre uma vírgula
no mínimo pensamento ajustado.
A loucura está no texto,
pretexto de eloquência
sanidade é aparência e só.
A beleza dá volta e vira pó.
Eu criei o mundo?
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