Em galhos frágeis com pernas ágeis



Vida, amarga
projeto de vinho barato:

quando, então, fosse
bela e formosa
sem ranço na doçura
como jabuticaba
doçura que não acaba?

Vida, amarga
na cerveja de meus pensamentos
limão e água
além do sal em feridas e lamentos.

quando então,
agradará meu paladar?
se no calor, joga-me ao fogo
se no frio, me faz nadar.

quando então,
em um momento cantante
não me irritarás
no meu feliz instante?

quanto então,
deitado no meu reinado
poderei me alegrar
sem me preocupar
com o inimigo ao lado?

vida, sejais jabuticaba,
galhos flexíveis
doçura que não acaba.

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