Versinhos, o retorno

 
Queria te dizer palavras belas
colhidas desde o meu jardim
as verdes, as rosas, as amarelas
flores artificiais nunca tem fim,
 
mas tudo que eu planto a chuva leva
tempestades nos meus vasos do quintal
olho para o céu e vejo a treva
a nuvem carregando um sinal
 
não tenho fotos mas o flash na memória
finge que não tenta lembrar de nada
mas, paremos com essa inútil palhaçada,
o que já se viveu ou se revive ou é história,
o fingimento é a opção dos fracos.
 
Mas, como eu dizia, queria te dizer palavras leves,
doçura para tirar a amargura desse dia
queria te regalar com prosa, café, vinho e poesia,
contudo o que quero, a que me serve?

No vaso nasce somente o que eu planto
(te juro! para mim também foi um espanto)
mas parte do que se planta não germina
e hoje eu fico só: cerveja e clube da esquina.


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