"Conciliação" pragmatista entre eus (III)
Dói. Angústia de sei lá o quê.
Machuca. Desamparo constante.
Nó na garganta, sorriso fingido.
Poucos goles de café, o dia todo.
Boca amargada; distância.
Sou o rato no laboratório.
O experimentador retira a barra
retira a água, retira o controle de temperatura,
retira as pelotas de alimento.
Mas, não específica o comportamento
que devo manter.
Rumando uma conciliação
entre as partes do que chamo de "eu"
fico em volta e meia, de um canto para outro,
do trabalho para o estudo,
da cama para o chuveiro,
do gole de vinho ao copo de água,
da sua ausência para a minha.
A gaita, triste nas notas abafadas,
perpassa o canto do Urutau e,
fica nisso.
Mas, de vez em quando, esqueço
e, evitando minha própria cilada,
sorrio comigo.
Comentários
Postar um comentário