"Conciliação" pragmatista entre eus




Despido da moralidade imposta, sou humano,
com pitadas amargas de sentimentos; sou,
e sempre fui, para ser sincero, muito menos racional que pareço.
Essa carcaça de razão impenetrável é apenas uma capa de chuva,
dessas descartáveis, de lojinhas do centro.

O eu emocional, em versos tão presente, se camufla
nos emaranhados do cotidiano, em paredes invisíveis e de isolamento acústico,
permeada de multidão e naquela sensação tão documentada de estar entre outros e se ver só.

No frigir dos ovos, o eu pragmatista impede o caos,
impede que a desordem seja notada; beira o ridículo, mas é suficiente.



 

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