O velho



"Entre a madrugada e o risco de luz
dorme o pensamento desgastante,
os sonhos brotam e sorrisos nus
cintilam felicidade por um instante;

noite interminável rindo de desgraça
transita o homem em seu pesadelo.
O frio que nunca passa
até que alguém deixe de percebe-lo.

Ruídos atiçam o ouvido
ratos mastigam dores.
Ressurge o esquecido
no rufar dos tambores.

É sempre frio lá fora
o fogo é raridade na escuridão".

O velho silencia e se escora
na sua própria solidão.
 
 

Comentários

  1. Eis a real necessidade de cultivarmos nossas solidões; no fim, só ela não nos abandona.

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