O velho
"Entre a madrugada e o risco de luz
dorme o pensamento desgastante,
os sonhos brotam e sorrisos nus
cintilam felicidade por um instante;
noite interminável rindo de desgraça
transita o homem em seu pesadelo.
O frio que nunca passa
até que alguém deixe de percebe-lo.
Ruídos atiçam o ouvido
ratos mastigam dores.
Ressurge o esquecido
no rufar dos tambores.
É sempre frio lá fora
o fogo é raridade na escuridão".
O velho silencia e se escora
na sua própria solidão.
Eis a real necessidade de cultivarmos nossas solidões; no fim, só ela não nos abandona.
ResponderExcluirSua frase poderia ser o título da poesia.
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