Na cara
Está tudo na cara.
Explícito, no óbvio
Até o azul do céu.
A vida, não para.
Poesia, ninguém viu
nem no vermelho infernal.
Tudo. Tudo assim, dito
como manual de instruções.
Um guia, finito, sucinto,
só pode ser obra das razões
O jogo é cara ou coroa
mas nós, loucos e alucinantes
adoradores de causas perdidas
sempre apostamos
"-essa moeda vai parar no meio".
E está tudo
aí, na cara.
A solução
no espelho
me encara.
A vida segue
sem me perguntar
se continua
ou para.
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